Mediação da informação, teoria crítica e conflitualidade: a dimensão intersubjetiva do reconhecimento como ação coletiva emancipatória
Published 2022-08-30
Keywords
- Mediação da Informação,
- Conflito,
- intersubjetividade,
- Reconhecimento,
- Sujeito informacional
How to Cite
Copyright (c) 2022 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação
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Abstract
Considerando a informação geradora de conflitos e incertezas, nesse texto objetiva-se discutir o conflito na Mediação da Informação (MI) para pensar uma luta motivada por necessidades informacionais, expressa na intersubjetividade dos sujeitos. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa caracteriza-se por ser de natureza qualitativa e do tipo teórica, adota como método a pesquisa bibliográfica e utiliza referenciais teóricos específicos da MI que tratam das relações do conflito como Almeida Júnior (2015, 2020, 2021), Gomes (2019, 2021), Flusser (1980) e Carvalho (2014), deslocando-se para o campo das discussões a teoria do reconhecimento de Axel Honneth, sendo central nas dinâmicas dos conflitos em sua análise, pois a falta de reconhecimento social nas relações intersubjetivas é a principal causa dos conflitos que articulam as mudanças na sociedade e na formação da intersubjetividade quanto aos próprios sujeitos. Assim, é importante o reconhecimento visto que a investigação está sob o conceito de MI de Almeida Júnior (2015), sobretudo, elencada na necessidade informacional momentânea, geradora de conflitos. Como resultado, observou-se na discussão a dimensão do conflito, pois nele foi possível encontrar uma importante conexão de confronto de sentido e um potencial de aprendizado prático-moral associadas às necessidades coletivas de emancipação da informação. Por fim, o social na MI não está em olhar para o (usuário-potencial) como aquele sujeito que busca informação, mas em considerar a autorrealização do (não-público), o seu lugar na experiência, alicerçado nas relações de autorrespeito, autoconfiança e autoestima. Esse deve ser o foco, pois, ao contrário, estará o profissional da informação realizando experiências de desrespeito como a exclusão, estereótipos e estigmas, isto é, parâmetros inconscientes por não considerar a intersubjetividade do outro e levará por certo a degradação moral, sendo prejudicial para ambos diante de uma experiência intersubjetiva.