v. 17 (2021)
Artigos

Formar crianças leitoras segundo bibliotecários escolares: uma análise de enunciações

Everton da Silva Camillo
Prefeitura Municipal de Vila Velha Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Biografia
Claudio Marcondes de Castro Filho
Universidade de São Paulo (USP). Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Biografia

Publicado 22-03-2021

Palavras-chave

  • Biblioteca Escolar,
  • Bibliotecário Escolar,
  • Leitor,
  • Leitura

Como Citar

Camillo, E. da S., & Castro Filho, C. M. de. (2021). Formar crianças leitoras segundo bibliotecários escolares: uma análise de enunciações. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 17, 1–21. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1422

Resumo

A pesquisa visou constatar os sentidos atribuídos por bibliotecários escolares à noção de formação de crianças leitoras na escola. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de características qualitativa e descritiva. Aplicou-se a técnica de pesquisa Análise de Enunciação do método Análise de Conteúdo para analisar os dados. Esses foram coletados por meio da aplicação de questionário semi-estruturado publicado no grupo do Facebook denominado Bibliotecários do Brasil. Se discorreu sobre o bibliotecário escolar constituir um educador na escola. Se obteve como resultado da pesquisa que, segundo os sentidos presentes nas enunciações dos participantes, forma-se crianças leitoras na escola quando: o bibliotecário desenvolve atividades mediacionais e pedagógicas; o bibliotecário trabalha com os recursos físicos de informação; o bibliotecário censura o acesso ao acervo e à informação; o bibliotecário se envolve sentimentalmente com os usuários da informação; o bibliotecário resgata a herança cultural passada por adultos; o bibliotecário compreende que a biblioteca escolar é um importante equipamento de informação na sociedade. A pesquisa conclui que bibliotecários escolares compõem o time de atores da educação na escola. Eles são profissionais que atuam na dimensão pedagógica quando acompanham o processo de aprendizagem do aluno, quer seja oferecendo-lhe amparo técnico e/ou intelectual, ou ainda quando trabalham cooperativamente com outros profissionais educadores na escola. Desse modo, os sentidos sobre como formar crianças leitoras na escola não podem ser restritos, dado que isso influenciaria o profissional a tomar decisões “míopes” para promover a leitura na biblioteca escolar, quando na verdade a formação da criança leitora é complexa e exige estratégias e programas escolares densos, bem elaborados, articulados e definidos.