v. 18 n. 2 (2022): Dossiê IV Encontro de Pesquisa em Informação e Mediação
IV Encontro de Pesquisa em Informação e Mediação

Os profissionais da educação e da informação como agentes de mediação durante o ensino remoto emergencial

Maria do Socorro Silva da Silva
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Valdemir Sales Matias Junior
Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' (UNESP)
Dinair Leal da Hora
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Fernando Pinhabel Marafão
Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' (UNESP)

Publicado 30-08-2022

Palavras-chave

  • Ensino Remoto Emergencial,
  • Mediação da Informação,
  • Educação,
  • Ciência da Informação

Como Citar

Silva, M. do S. S. da, Matias Junior, V. S., Hora, D. L. da, & Marafão, F. P. (2022). Os profissionais da educação e da informação como agentes de mediação durante o ensino remoto emergencial. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 18(2), 1–19. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1840

Resumo

O ensino remoto emergencial como estratégia político-administrativa para garantir atividade escolar durante o contexto de pandemia pelo Covid-19, desafiou gestores, professores e profissionais da informação a adequarem seus trabalhos para novos espaços, tempos e interações que pudessem proporcionar a mediação e possibilitar o acesso democrático à informação para construção de conhecimentos pelos alunos e demais usuários. Esse desafio motivou o seguinte questionamento: como os gestores, professores e profissionais da informação tornaram-se agentes de mediação durante o ensino remoto emergencial? Com o objetivo de apreender as ações formativas desenvolvidas pelos profissionais para implementar a estratégia, adotamos uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, tendo a entrevista semiestruturada como instrumento para coleta de dados, realizada com dois gestores escolares, dois professores e um profissional da informação. Os conteúdos foram analisados em confronto com o referencial teórico que fundamenta este trabalho como as contribuições de Silva e Almeida Júnior (2018), Saviani (2015), Oliveira e Pereira Júnior (2020), entre outros. Os resultados indicaram que o ensino remoto emergencial impulsionou investimento pessoal, profissional e financeiro a partir da aquisição de equipamentos, serviços, tempos e espaços para adequação das práticas pedagógicas e fortalecimento do sentido atribuído ao trabalho como agentes de mediação da informação. Consideramos o debate atual e importante porque trata de experiências de um novo fazer que aproximou as fronteiras entre a educação e a ciência da informação em direção à um estreitamento interdisciplinar entre essas áreas de conhecimento.