Macunaíma pelo mundo: a internacionalização da literatura brasileira a partir de Mário de Andrade
Publicado 30-08-2022
Palavras-chave
- Mário de Andrade,
- Macunaíma,
- Literatura brasileira,
- Internacionalização,
- Colecionismo.
Como Citar
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Resumo
O presente artigo propõe analisar o potencial internacional da obra “Macunaíma: O Herói sem nenhum caráter” (1928) do escritor Mário de Andrade. Frente à singularidade dessa narrativa reconhecida como rapsódia, a obra se consolidou como um clássico da literatura brasileira tornando-se alvo recorrente de estudos e pesquisas não somente no Brasil, mas também no cenário internacional. Assim, ao longo dos quase 100 anos desde seu lançamento, o livro foi ganhando numerosas edições, adaptações, sendo traduzido para diversas línguas e publicado em diferentes países. Para compreender o alcance desse trabalho, primeiramente, apresentamos seu autor: Mário de Andrade. É enfatizada sua contribuição nos mais variados campos de estudos o que lhe garante um lugar entre os autores brasileiros mais referenciados. Em seguida, focalizamos na construção e de sua obra mais popular: “Macunaíma: O Herói sem nenhum caráter”. Contextualizamos a trajetória desse livro a partir de sua concepção até sua recepção, que mesmo modesta no primeiro momento, atingiu o alto patamar da literatura, sendo considerado para alguns autores, como leitura canônica obrigatória no estudo de história literária mundial. Por fim, tratamos de identificar e sistematizar as edições internacionais da obra em questão. Para tanto, além da consulta às bases de dados da UNESCO Index Translation e WorldCat, recorremos ao acervo de uma coleção particular que conta com o conjunto dos exemplares físicos publicados desse mesmo livro em diferentes países. Se por um lado, o acesso a tais materiais revela algumas limitações das bases consultadas, por outro, sugere novos caminhos metodológicos. Esses, por sua vez, expõem a relação entre o colecionador e seus livros, logo com a coleção, que conduzem às análises e reflexões reafirmando o potencial de internacionalização de “Macunaíma: O Herói sem nenhum caráter”, bem como de seu autor.