Publicado 22-07-2023
Palavras-chave
- Acervos informacionais,
- Autoritarismo,
- Censura
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Resumo
Os acervos informacionais têm enfrentado diversos períodos históricos autoritários. A partir de uma abordagem qualitativa, foram realizadas pesquisas documentais e bibliográficas, entre os anos de 2021 e 2022, com o intuito de investigar ações governamentais de censura aos livros durante o Estado Novo (1937-1946), a Ditadura Militar (1964-1985) e o “Brasil Atual” (2016-2022). Em todos os períodos aqui destacados, as ações de censura aos livros foram enfrentadas por atores sociais como bibliotecários, editores, autores e artistas. Considerando a relevância dessas ações para o movimento da histórica, nesta pesquisa buscou-se também evidenciar as ações de resistência a essas políticas. Em relação ao Estado Novo, foram encontradas 6 políticas de censura e 5 ações de enfrentamento. Se tratando da Ditadura Militar, foram apontadas 7 políticas e 4 ações de resistência. Ao se analisar o cenário político social recente, é possível notar que as ações governamentais de censura vêm se agravando. Perseguições explícitas e institucionais às mesmas temáticas e novas propostas de taxação de livros marcam o presente e nos mostram constantes similaridades com períodos censórios da nossa história recente. Neste sentido, analisar historicamente os acervos informacionais nos faz perceber que estes vêm resistindo a ações de desmonte desde sua origem e que atores importantes dos sistemas de informação, como bibliotecários, artistas e editores, têm lutado para que estes permaneçam vivos e atuantes a várias décadas. Identificar ações relevantes ao fortalecimento destes locais nos mostra que é possível resistir à conjuntura atual.
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