Percepções sobre a narrativa na comunicação científica jurídica: análise da base de dados do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito
Publicado 08-12-2021
Palavras-chave
- Ciência da Informação - Direito. Mediação da informação. Direito - Literatura.
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Resumo
Enuncia os diálogos interdisciplinares entre as áreas do Direito, Literatura e Ciência da Informação, perscrutando a face narrativa no cenário jurídico que tem papel relevante entre o mundo dos fatos, da realidade, do humano e suas ações. Objetiva analisar o Grupo de Trabalho (GT) “Direito, Literatura e Arte” da base de dados do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (Conpedi), a fim de identificar a manifestação dialógica, entre essa áreas, predominante no discurso dos operadores jurídicos. Utiliza como metodologia a pesquisa bibliográfica, ao examinar artigos e resumos expandidos, no período de 2015 a 2020 do mencionado GT. Para a investigação recorreu-se à análise de conteúdo de Bardin com o estabelecimento das categorias percepções dialógicas e contribuições literárias, as quais possibilitaram verificar que a manifestação predominante foi o Direito na Literatura, que recorre ao uso de obras literárias como referencial teórico para análise do Direito. Os resultados ainda apontam que o livro foi a fonte de informação mais utilizada para construção dos artigos científicos e os autores nacionais mais citados foram Jorge Amado, Clarice Lispector, Machado de Assis e Graciliano Ramos, e os internacionais foram Shakespeare, George Orwell, Gabriel Garcia Marques e Erika Leonard James. Conclui-se que a literatura, independentemente de qual área jurídica dialogue, humaniza o Direito por meio da arte da palavra escrita, mediada, compartilhada por meio de uma linguagem acessível que clarifica temáticas complexas, que são apresentadas na comunicação jurídica.