A ética dos bibliotecários e a administração discursiva das bibliotecas orientada ao desenvolvimento sustentável
Publicado 02-01-2018
Palavras-chave
- Habermas,
- Teoria do agir comunicativo,
- Discurso,
- Sistemas,
- Sustentabilidade ambiental
Como Citar
Copyright (c) 2018 Fátima Santana Silva, Clóvis Montenegro Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Resumo
Resumo: Neste artigo discute-se o agir ético dos bibliotecários para o desenvolvimento sustentável, particularmente na administração das bibliotecas. As bibliotecas são usualmente subsistemas de organizações complexas. Os sistemas são espaços de complexidade reduzida em relação ao seu entorno, para a execução de atividades orientadas a fins. O que se observa é que o entorno dos sistemas e os próprios sistemas constituem um mundo da vida ameaçado. As ameaças vêm de sobrecargas causadas pelos sistemas ou por outras incapacidades e insuficiências do ambiente em sustentar a dinâmica dos sistemas. Assim, cabe à sociedade enfrentar estas ameaças que a racionalidade funcional lhe traz, sob a forma de um desenvolvimento de sistemas que podem ter atritos, causar danos ou mesmo destruir o seu entorno. Neste sentido cabe ampliar a racionalidade dos sistemas e discutir de modo crítico, na esfera pública, esta racionalidade. A ampliação da racionalidade tem duas faces: a inclusão dos participantes dos sistemas no discurso e a inclusão da sustentabilidade na perspectiva dos seus dirigentes. Ao mesmo tempo, o discurso crítico na esfera pública pode informar participantes e tencionar dirigentes. Os participantes dos sistemas bibliotecas têm escolhas éticas a fazer em relação às finalidades e atividades das mesmas. Conclui-se que a incorporação do desenvolvimento sustentável na agenda das bibliotecas faz parte da aprendizagem moral dos bibliotecários, cabendo então a coragem da verdade. Espera-se que os bibliotecários interfiram como participantes destes sistemas na constituição da sua agenda.