v. 14 n. 2 (2018)
Artigos

A Folksonomia das hashtags como instrumento de militância contra o assédio sexual no Facebook: Avaliação da hashtag #mexeucomumamexeucomtodas

Nathália Romeiro
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT- UFRJ). Licenciada em Biblioteconomia (UNIRIO)
Biografia
Franciéle Carneiro Garcês da Silva
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT- UFRJ). Bacharela em Biblioteconomia - Gestão da Informação (UDESC) Diretora Técnica da Associação Catarinense de Bibliotecários (ACB) Pesquisadora Associada ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB - UDESC) Grupo de Pesquisa "Ecce Liber: Filosofia, linguagem e organização dos saberes"

Publicado 09-05-2018

Palavras-chave

  • Folksonomia. Mídias Sociais. Militância social. Assédio Sexual. Facebook.

Como Citar

Romeiro, N., & Silva, F. C. G. da. (2018). A Folksonomia das hashtags como instrumento de militância contra o assédio sexual no Facebook: Avaliação da hashtag #mexeucomumamexeucomtodas. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 14(2), 215–232. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/782

Resumo

Resumo: Este artigo visa compreender como as hashtags auxiliam na discussão militante contra o assédio sexual na mídia social Facebook. Como objetivos específicos: (a) mapear a quantidade de postagens relacionadas à hashtag #mexeucomumamexeucomtodas desde a divulgação da denúncia no quadro #AgoraÉQueSãoElas, da Folha de São Paulo; (b) descrever o gatilho que desencadeou a popularização da hashtag; e, (c) categorizar as postagens recuperadas e; (d) discutir quanto à sua utilização das hashtags para a conscientização e debate contra o assédio sexual. No que tange à fundamentação teórica, este estudo apresenta a folksonomia e hashtags como meio de militância nas mídias sociais, em especial, no Facebook, além de discutir o assédio sexual e dominação patriarcal sob o olhar de Higa (2016), Bordieu (2012), Souza (2006), Narvaz (2005) e Saffioti (1988). Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório e documental, realizada no período de março a maio de 2017. Enquanto resultados, foram encontradas 121 publicações utilizando a hashtag pesquisada. Das categorias atribuídas, as notícias foram as que mais causam interações com comentários nas postagens. As postagens que possuem imagens são as que mais causam engajamento no compartilhamento e curtidas por parte dos usuários do facebook. Enquanto considerações finais, destacamos a relevância desta discussão ara a Biblioteconomia e Ciência da Informação, bem como a importância de ampliar as pesquisas sobre a Folksonomia e a militância social através do uso de hashtags.