Desenvolvimento de coleção na perspectiva da alteridade bakhtiniana: o descarte na biblioteca universitária
Publicado 08-01-2018
Palavras-chave
- Biblioteca Universitária,
- Desenvolvimento de Coleção,
- Práticas de Descartes de Acervo,
- Estudos Bakhtinianos,
- Alteridade
Como Citar
Copyright (c) 2018 Célia Aparecida Rufino Gomes Silva, Roniberto Morato do Amaral, Hélio Márcio Pajeú

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Resumo
A Biblioteca universitária é reconhecida como um órgão acolhedor da criação intelectual e o bibliotecário o responsável pelo processo de seleção de obras que comporão o seu acervo. Devido à atuação inconsistente de alguns profissionais, ao ignorarem as práticas que contemplam a aquisição de obras por doação, originam um conjunto de ações irregulares praticadas por eles nos processos de desbastamento e descartes, essas atuações podem ser alvos de inquéritos judiciais, vindo a infamar a imagem do bibliotecário e da instituição. O objetivo geral deste artigo foi descrever os processos de desbastamento em bibliotecas universitárias, sob a perspectiva bakhtiniana na forma de agir do bibliotecário. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso exploratório descritivo e a unidade caso foi a Biblioteca Universitária do Câmpus de Rio Claro/SP-UNESP. Como resultados foram descritos os processos de seleção e descartes em consonância com conceitos bakhtinianos de acordo com o modo de agir do bibliotecário e assistente alicerçado no “excedente de visão”, ao buscarem alternativas para o desbaste do acervo, tais como: Leitura Companheira, Sebo Acadêmico, promovendo assim o remanejamento consciente das mesmas. Conclui-se a partir dos resultados e das discussões teóricas que a temática do desbastamento sob a perspectiva de Bakhtin permite a abertura à voz do usuário no processo de desenvolvimento de coleções, em especial no momento de descartar ou incorporar obras de doação no acervo da instituição.