v. 19 (2023): Jubileu de ouro
Artigos

A busca nos índices contemporâneos no ciberespaço: atualização da taxonomia de Broder

Silvana Drumond Monteiro
Universidade Estadual de Londrina Departamento de Ciência da Informação
Biografia
Richele Grenge Vignoli
Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho. Departamento de Ciência da Informação Unesp - Marília
Biografia

Publicado 03-09-2023

Palavras-chave

  • Taxonomia da busca,
  • Broder,
  • Página de resultados de busca - Google

Como Citar

Monteiro, S. D., & Vignoli, R. G. (2023). A busca nos índices contemporâneos no ciberespaço: atualização da taxonomia de Broder. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 19, 1–23. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1881

Resumo

Atualizar a Taxonomia de Broder (2002), com base nos resultados de uma SERP (Search Engine Results Page) do Google (MAKSIMAVA, 2016), bem como categorizar novos resultados, a partir de tecnologias de busca emergentes, na Taxonomia citada. Percebe-se, na literatura, termos utilizados como: busca semântica, busca local, busca orgânica. Por outro lado, têm-se na Taxonomia de Broder (2002) a busca navegacional, informacional e transacional. Com base em uma pesquisa documental e método revisional, com abordagem qualitativa, fez-se uma colisão entre a Taxonomia de Busca de Broder (2002), com uma SERP do Google, ilustrada por Maksimava (2016), para avaliar uma possível atualização da Taxonomia da busca. A busca local foi a mais complexa de ser analisada, pois tanto pode ser elencada como um tipo de pesquisa vertical, dentro da busca transacional quanto uma categoria separada dentro da Taxonomia de Broder (2002), dada a sua importância num mundo de objetos georreferenciais cada vez mais ressignificados e individualizados pelos sujeitos da informação. Já a busca semântica, a orgânica e a patrocinada continuam como um subconjunto dentro da Taxonomia de Broder (2002), uma vez que são resultados que são compreendidos na própria Taxonomia citada. A Taxonomia, como ente ontológico, isso é, categoria ou nome que serve para classificar a busca, mostrou-se relevante para estudo e rótulo dos tipos de busca, nestes últimos anos. Possibilitou repensar a Taxonomia de Broder (2002), por meio da inserção da busca local, que pensamos ser necessária para contextualizar interesses mais específicos dos sujeitos da informação, portanto, o acréscimo da busca local torna-se um objeto para a reflexão a ser investigado na Ciência da Informação e no escrutínio plural e semiótico da busca.

 

Referências

  1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
  2. BARRETO, Aldo. Eye tracking como método de investigação aplicado às Ciências da Comunicação. Revista Comunicando, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 168-186, 2012.
  3. BATTELLE, John. A busca. Campinas: Campus; Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
  4. BRÉAL, Michel. Ensaio de Semântica: ciência das significações. São Paulo: Pontes, 1992.
  5. BRODER, Andrei. A taxonomy of web search. ACM SIGIR Forum, v. 36, n. 2, p. 3-10, Fall, Sept. 2002. Disponível em: http://www.cis.upenn.edu/~nenkova/Courses/cis430/p3-broder.pdf. Acesso em: 08 maio 2022.
  6. BERNERS-LEE, Tim., HENDLER, James., LASSILA, Ora. 2001. The semantic web: a new form of web content that is meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities. Scientific American, may, 2001
  7. CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill, 1977.
  8. CANTER, David., RIVERS, Rod., STORRS, Graham. Characterizing user navigation through complex data structures. Behavior and Information Technology, v. 4 n. 2, p. 93-102, 1985.
  9. CUNHA, Murilo Bastos da, CAVALCANTI, OLIVEIRA, Cordélia Robalinho de. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1985.
  10. CUSTÓDIO, Monica. O que é busca semântica e como usá-la na produção de conteúdo? 2017. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/busca-semantica /. Acesso em: 12 dez. 2021.
  11. DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o Barroco. 5. ed. Campinas: Papirus, 2009.
  12. DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.
  13. GABBERT, Elisa. The 3 types of search queries & how you should target them. 2021. Disponível em: https://www.wordstream.com/blog/ws/2012/12/10/three-types-of-search-queries. Acesso em: 13 set. 2021.
  14. GABRIEL, Marta. Você, eu e os robôs: pequeno manual digital. São Paulo: Atlas, 2019.
  15. GOOGLE TRENDS. Disponível em: https://trends.google.com.br/trends/?geo=BR. 2021. Acesso em: 05 ago. 2023.
  16. JØRLAND, Biger. Classification. In: HJØRLAND, Birger; GNOLI, Claudio, (Eds.). ISKO Encyclopedia of Knowledge Organization. [S.l.]: ISKO, 2017. Disponível em: http://www.isko.org/cyclo/classification. Acesso em: 14 dez. 2021.
  17. INTERNET LIVE STATS. Disponível em: https://www.internetlivestats.com/google-search-statistics/. Acesso em: 05 ago. 2023
  18. LADRIÈRE, Jean. In: DE BRUYNE, Paul., HERMAN, Jacques., DE SCHOUTHEETE, Marc. Dinâmica da pesquisa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977. Prefácio, p. 9-22.
  19. MAKSIMAVA, Masha. Google search results type: a visual guide. 2016. Disponível em: https://www.link-assistant.com/news/serp-guide.html. Acesso em: 08 mar. 2021.
  20. MARCEL, Frank. Rich snippets – mais informação na snippet do Google. 2009. Disponível em: http://www.agenciamestre.com/marketing-digital/rich-snippets-mais-informacao-snippet-google/. Acesso em: 11 fev. 2020.
  21. MEDEIROS, Renato. Tipos de busca na internet: entendendo as modificações do Google. Conversion, 25 out. 2012. Disponível em: http://www.conversion.com.br/blog/tipos-de-busca-na-internet-entendendo-as-modificacoes-do-google/. Acesso em: 17 out. 2022.
  22. MONTEIRO, Silvana Drumond. Categorização dos mecanismos de busca. 2015.In: MONTEIRO, S.D. Grupo de Pesquisa Informação e conhecimento no ciberespaço (site). Disponível em: https://gpciber.cms.webnode.com/projetos2/. Acesso em: 20 set. 2022.
  23. MONTEIRO, Silvana Drumond. Os mecanismos de busca: à guisa das múltiplas sintaxes. In: TOMÁEL, Maria Inês (org.). Fontes de informação na Internet. Londrina: EDUEL, 2008. Cap. 5, p. 97-122.
  24. MONTEIRO, Silvana Drumond. As múltiplas sintaxes dos mecanismos de busca no ciberespaço. Informação & Informação, v. 14, p. 68-102, 2009.
  25. MONTEIRO, Silvana Drumond; GIRALDES, Maria Júlia Carneiro. O que é um índice [[contemporâneo?]] Informação & Sociedade, João Pessoa, v.29, n. 4, p. 5-22, out./dez.2019.
  26. MONTEIRO, Silvana Drumond; RODAS, Cecílio Merlotti; VIDOTTI, Silavana Aparecida Borsetti Gregório. A busca e o eye-tracking: um olhar semiótico sobre o Knowledge Graph. Em Questão, Porto Alegre, v. 26, n. 1, p. 304-326, jan/abr. 2020.
  27. MONTEIRO, Silvana Drumond et al. As categorias dos mecanismos de busca: objeto em construção e em permanente modificação. SEMINÁRIO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 3., 2009, Londrina. Anais... Londrina: Dep. Ciência da Informação, 2009. p. 1-20.
  28. MONTEIRO, Silvana Drumond et al. Em busca da compreensão da "busca" no ciberespaço. ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 12., 23-26 out. 2011, Brasília. Anais... Brasília: UnB, 2011. p. 2536-2551.
  29. MONTEIRO, Silvana Drumond et al. Sistemas de recuperação da informação e o conceito de relevância nos mecanismos de busca: semântica e significação. Encontros Bibli, Florianópolis, v. 22, n. 50, 161-175, 2017.
  30. MORVILLE, Peter.; CALLENDER, Jeffery. Search patterns: design for discovery. Canadá: O’Reilly, 2010.
  31. PANTEL, Neil. Como fazer uma pesquisa avançada no Google. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/pesquisa-avancada-google/. Acesso em: 08 mar. 2022.
  32. PRADO, Leonardo. O que é SEO e como funciona? 2016. RAFFCOM. Disponível em: http://www.raffcom.com.br/blog/o-que-e-seo-e-como-funciona/. Acesso em 18 mar. 2022.
  33. SARACEVIC, Tefko. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 1, n. 1, p. 41-62, jan./jun. 1996.
  34. SARACEVIC Tefko. A natureza interdisciplinar da ciência da informação. Ciência da Informação, v. 24, n.1., 1995. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/608. Acesso em: 18 ago. 2019.
  35. SILVA, Renata Eleutério da ; SANTOS, Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa; FERNEDA, Ediberto. Modelos de recuperação de informação e web semântica: a questão da relevância. Informação & Informação, Londrina, v. 18, n. 3, p. 27 – 44, set./dez. 2013.
  36. SINGHAL, Amit. Apresentado o mapa de conhecimento. Coisas e não strings. 2012. In GOOGLE. Disponível em: https://blog.google/products/search/introducing-knowledge-graph-things-not/ . Acesso em: 22 set. 2022.
  37. SMALL, Garry et al. Your brain on Google: patterns of cerebral activation during Internet searching. The American Journal of Geriatric Psychiatry, v.17, n. 2, p.116-216, 2009.
  38. SOUZA, Renato Rocha. Sistemas de recuperação de informações e mecanismos de busca na web: panorama atual e tendências. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 11, n. 2, p. 161-173, maio/ago. 2006.
  39. STÄHELI, Urs. The politics of invibility. D. Society and Space, v. 34, n. 1, 14–29, 2016.