As práticas informacionais de estudantes quilombolas: contribuições da Competência Crítica em Informação
Publicado 27-07-2021
Palavras-chave
- Práticas informacionais,
- Competência crítica em informação,
- Estudantes quilombolas.
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Resumo
O acesso de grupos socialmente discriminados ao ensino superior foi uma conquista para a sociedade, e fez com que as universidades brasileiras adotassem diversas formas de ingresso direcionado a esses grupos. Esta pesquisa visa analisar as Práticas Informacionais dos estudantes quilombolas da Universidade Federal do Pará, dentro de um contexto histórico, social e cultural, além de compreender como a Competência Crítica em Informação pode contribuir com o desenvolvimento das Práticas Informacionais desses sujeitos. Para alcançar os objetivos propostos foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os temas: Práticas Informacionais e Competência Crítica em Informação. É um estudo com abordagem qualitativa, que utilizou para a coleta de dados uma entrevista semiestruturada, cuja análise baseou-se na Análise Crítica do Discurso, dentro da dimensão prática social. Os resultados indicaram que as Práticas informacionais desenvolvidas pelos estudantes quilombolas são influenciadas por aspectos históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais. Observou-se a Competência Crítica em Informação nas ações individuais e coletivas produzidas no cotidiano dos estudantes mostram que os diálogos entre as Práticas Informacionais e a Competência Crítica em Informação contribuem para a geração de conhecimentos fundamentais nas questões das desigualdades sociais e culturais dentro do contexto pesquisado. Considera-se que as ideias desenvolvidas nesta investigação contribuem principalmente para a concretização de ações práticas relacionadas ao desenvolvimento da Competência Crítica em Informação não somente para os quilombolas e outros grupos discriminados socialmente, mas também apoiam o processo de construção do conhecimento ratificando o caráter social da Ciência da Informação e a pertinência da expansão de estudos para grupos raciais e de gênero, como forma de promover uma política de inclusão informacional.