v. 15 n. 3 (2019)
Artigos

Equívocos e efeitos da memória no âmbito de atuação do bibliotecário: reflexões sob o viés da política de desenvolvimento de coleções

Alex Medeiros Kornalewski
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Biografia
Francisco Ramos de Farias
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Biografia

Publicado 08-09-2019

Palavras-chave

  • Memória. Equívocos. Desenvolvimento de coleções. Dispositivos de objetivação. Bibliotecário – aspectos gerenciais.

Como Citar

Kornalewski, A. M., & Farias, F. R. de. (2019). Equívocos e efeitos da memória no âmbito de atuação do bibliotecário: reflexões sob o viés da política de desenvolvimento de coleções. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 15(3), 286–307. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1255

Resumo

Discutir sobre os equívocos e aspectos da memória, com o intuito de dirimir problemas teóricos e, por conseguinte, práticos da mesma na atuação do bibliotecário. O procedimento metodológico adotado é a revisão bibliográfica utilizando-se das qualidades elementares ao campo da Memória Social em consonância com sua aplicação em um estudo de caso hipotético, justificável devido ao carater exploratório e sua aplicabilidade em diversas tipologias de bibliotecas ou unidades de informação. Eis alguns equívocos que serão analisados: O reducionismo do campo da Memória Social, o “resgate” de memória, a “univocidade”, a “neutralidade” e o lugar de memória como salvaguarda. Após, cabe-nos refletir sobre características fundamentais da memória (construção processual, duração, polimorfia, intencionalidade, dicotomia) no fazer do bibliotecário, especificamente na política de desenvolvimento de coleções, em prol de uma discussão que fomente práticas salutares e diminua equívocos – ou mesmo dispositivos de objetivação – no ambiente de trabalho. Além disso, o campo da Memória Social é interdisciplinar, porém com o intuito de promover discussões transdisciplinares, o que reforça a necessidade de pensarmos a atuação do bibliotecário além das ferramentas e práticas usuais dentro do seu campo de formação, pois se o foco deste profissional é o usuário, logo é mister que se adaptem as demandas do corpo social. Conclui-se que a discussão das ferramentas conceituais do campo da Memória Social, aplicado ao fazer do bibliotecário, são peças-chave no que diz respeito à revisão e fortalecimento de políticas, além de fortalecer a missão e visão da biblioteca. Em suma, a memória é ação.