v. 14 n. 3 (2018)
Artigos

Políticas de bibliotecas públicas e o Instituto Nacional do Livro: análise exploratória à luz da História e Teoria da Educação Brasileira

Raquel Juliana Prado Leite de Sousa
Universidade Federal de São Carlos / Programa de Pós-graduação em Educação
Biografia

Publicado 28-09-2018

Palavras-chave

  • Instituto Nacional do Livro (INL),
  • Políticas de Bibliotecas Públicas,
  • História da

Como Citar

Prado Leite de Sousa, R. J. (2018). Políticas de bibliotecas públicas e o Instituto Nacional do Livro: análise exploratória à luz da História e Teoria da Educação Brasileira. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 14(3), 142–169. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1073

Resumo

Realiza análise exploratória das possíveis relações históricas entre as políticas públicas para a promoção das bibliotecas e a História e Teoria da Educação Brasileira, a fim de propor a ampliação do olhar sobre o desenvolvimento da Biblioteconomia no Brasil. Utiliza pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, tomando como objeto de análise o Instituto Nacional do Livro (INL), marco fundador da elaboração de políticas públicas de acesso ao livro e à leitura no país. Discorre sobre as principais mudanças no ensino entre as décadas de 1930 e 1990, comparando-as ao histórico do INL, a fim de identificar traços semelhantes ou destoantes. Conclui que há relação entre as cinco fases da história do INL e as cinco fases da pedagogia brasileira citadas pela literatura, a saber: fases do INL: a) 1937-1945: criação e consolidação; b) 1946-1960: incrementação das atividades editoriais; c) 1961-1970: ação cultural e segurança nacional; d) 1971-1986: ideologia do planejamento; e) 1987-1990: rumo à informação política; fases da História da Educação Brasileira: a) 1932-1947: equilíbrio entre pedagogia tradicional e Escola Nova; b) 1947-1961: predominância da Escola Nova; c) 1961-1969: crise da Escola Nova e articulação da pedagogia tecnicista; d) 1969-1980: pedagogia tecnicista, concepção analítica e visão crítico-reprodutivista; e) 1980-1991: pedagogia contra-hegemônica. Aponta para a possibilidade de realização de pesquisas sobre as relações entre as várias instituições e políticas de promoção de leitura frente às políticas educacionais federais brasileiras.